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MAMOGRAFIA DIGITAL

Uma mamografia com alto padrão de qualidade, em termos físicos, deve possuir as seguintes características: contraste radiográfico e resolução espacial. Contraste radiográfico adequado de todas as partes da mama, para permitir a detecção das diferenças na atenuação do feixe de raios X entre tecidos normais (sadios) e diferenciados (doentes). O contraste tem origem na variação da atenuação dos fótons de raios X em função das diferenças nas espessuras e densidades dos tecidos mamários. Essa variação pode ser afetada por flutuações aleatórias no processo de formação da imagem, que são conhecidas como ruído quântico. Tais flutuações prejudicam a detectabilidade de estruturas de baixo contraste (nódulos, assimetrias). A capacidade de visualizar detalhes em áreas claras e escuras em uma radiografia é conhecida como intervalo dinâmico. Já a resolução espacial deve ser suficiente para permitir a visualização de detalhes finos associados com sinais de câncer de mama, tais como o contorno da lesão, além de microcalcificações.

A mama é composta por estruturas com densidades muito próximas, o que aumenta a dificuldade na obtenção de contraste desejado na imagem formada pelos raios X. Esse fator associado à qualidade da radiação, à compressão da mama, ao uso de grade, ao sistema de detecção, e ao processamento da imagem são fatores que influenciam na qualidade da imagem mamográfica. A introdução de variações no processo gerador da imagem é responsável por mudanças sutis do padrão radiológico que podem mascarar um achado clínico importante. Cada componente na formação sequencial da imagem é fundamental para o sucesso, desde o posicionamento do paciente para a aquisição da imagem até a qualidade e o estado do sistema de visualização da imagem (negatoscópio e monitor de laudo). Estas diferenças só poderão ser detectadas no programa de garantia de qualidade se todo o processo responsável em gerar a imagem estiver sob controle.

O Programa de Qualidade proposto pela STAFF é elaborado seguindo as periodicidades estabelecidas para os testes de avaliação de segurança e qualidade citados na Instrução Normativa Nº 92 “Garantia da Qualidade e da Segurança em Sistemas de Mamografia”. Os ensaios de qualidade são executados de acordo com protocolos nacionais oficiais ou internacionais dos quais o Brasil seja signatário nas seguintes periodicidades:

Testes de controle de Qualidade em Mamografia Periodicidade
Qualidade da Imagem; Mensal
Artefatos na Imagem Mensal
Valores Representativos de Dose Glandular Média; Anual
Exatidão do Indicador da Tensão do Tubo de Raios-X; Anual
Reprodutibilidade da Tensão do Tubo de Raios-X; Anual
Tempo Máximo de Exposição; Anual
Exatidão do Tempo de Exposição; Anual
Reprodutibilidade do Tempo de Exposição; Anual
Linearidade do Kerma com o mAs; Anual
Reprodutibilidade do Kerma; Anual
Reprodutibilidade do Controle Automático de Exposição (CAE); Anual
Compensação do CAE para Diferentes Espessuras; Anual
Rendimento do Tubo de Raios-X; Anual
Camada Semirredutora (CSR); Anual
Resolução Espacial; Anual
Exatidão do Sistema de Colimação; Anual
Força do Sistema de Compressão Automático; Anual
Alinhamento da Bandeja de Compressão; Anual
Indicação da Espessura de Mama Comprimida; Anual
Artefatos na Imagem; Anual
Uniformidade da Imagem; Anual
Diferença de Sensibilidade entre as Placas de Fósforo; Anual
Distorção Geométrica Anual
 Razão Contraste Ruído (CNR); Anual
Razão Sinal-Ruído (SNR) Anual
 Efetividade do Ciclo de Apagamento; Anual
Integridade das Vestimentas de Proteção Individual Anual
Contato Tela-filme Anual
Vedação da Câmera Escura Anual
Sensitometria da Processadora Mensal
Temperatura do Sistema de Processamento Mensal
Integridade dos Chassis e Cassetes Anual
Levantamento Radiométrico Ambiental Quadrienal
Avaliação da Radiação de Fuga do Cabeçote Quadrienal
Controle de Qualidade dos Acessórios Radiológicos Periodicidade
Luminância do Monitor para Diagnóstico ou Laudo; Anual
Luminância dos Negatoscópios para Diagnóstico ou Laudo; Anual
Uniformidade da Luminância dos Monitores e Negatoscópios para diagnóstico ou Laudo; Anual
Iluminância da Sala de Laudos; Anual
Integridade dos Acessórios e Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s); Anual
Procedimentos Integrantes do Programa de Garantia da Qualidade da Imagem em Mamografia
Assentamentos de Testes e Tabelas de Exposição e Índice de Rejeição de Radiografias;
Implementação dos Padrões de Qualidade da Imagem Segundo Programa Nacional de Qualidade em Mamografia (PNQM/INCA), Portaria 2898 / Ministério da Saúde.

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