O objetivo deste guia é auxiliar o técnico ou tecnólogo em radiologia a obter, de forma rápida e segura, informações técnicas de posicionamento que o auxiliem a realizar exames com a melhor qualidade possível. Também são abordados tópicos relacionados à qualidade geral do exame e à otimização das doses de radiação, como os critérios para se obter as técnicas em sistemas radiológicos digitais, cujos fundamentos do antigo sistema tela filme não são aplicáveis.

O posicionamento, apresentado em tabelas, é baseado na literatura, mas algumas técnicas merecem melhor detalhamento. Por isso, acrescentamos algumas incidências atípicas, além de imagens e informações que serão úteis na execução criteriosa dos respectivos exames.

Contemplamos um reforço na execução da técnica de exames como o de tórax, ombro e seios paranasais, que representam a maior parte dos exames realizados nos serviços de radiologia e, portanto, merecem atenção especial. O estudo da rinofaringe (cavum) também foi inserido neste guia, já que, apesar de usualmente solicitado, sua técnica não está descrita na literatura comum. Também incluímos várias incidências especiais que são solicitadas eventualmente, principalmente na ortopedia.

Optamos por suprimir exames que se tornaram obsoletos em tempos de tomografia computadorizada e ressonância magnética, como o de ossos temporais e incidência de Rhese (para forame óptico). Embora a radiologia convencional continue a ocupar o seu lugar como uma importante opção de diagnóstico por imagem, exames que oferecem poucas informações se comparados a outros métodos estão sendo substituídos por outras modalidades.

Além dos assuntos de radiologia geral, ainda estão contemplados, além do método de Mamografia, que já estava na edição anterior, um tópico sobre Fluoroscopia. Isto porque este método é o que mais oferece risco de exposição à radiação, tanto ao paciente quanto à equipe profissional, o que é atualmente uma preocupação mundial.

Deve-se lembrar também que qualquer exame diagnóstico deve ser precedido de uma coleta de história clínica. Quando o profissional investiga as causas do procedimento em questão, por mais corriqueiro que este possa parecer, o estudo será interativo, ou seja, a técnica de exame poderá ser adequada ao caso.

O uso da terminologia adequada na descrição da anamnese do paciente, além de facilitar a compreensão, demonstra o grau de conhecimento do profissional. Para auxiliar nesta questão, inserimos no final do guia um glossário, com terminologia técnica.

É notório que um profissional que se atualiza continuamente sobre os assuntos re¬levantes de sua profissão torna-se um agente da qualidade dos serviços em radiodiagnóstico.